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Reunião de retrospectiva

A reunião de retrospectiva é um recurso de melhoria contínua, uma ferramenta de comunicação e de evolução do time. Times imaturos costumam dar menos valor para este evento, porém a prática de retrospectiva vem sendo utilizada em diversos ambientes de equipes e projetos (mesmo em ambientes não ágeis), pois permite intensificar as características fortes de cada time e eliminar pontos de fraqueza.

Uma vez que a revisão está concluída, o time (sem as partes interessadas, a não ser que o Time de Desenvolvimento e o Scrum Master decidam convidar…) realiza uma retrospectiva para determinar o que seus membros fizeram bem e o que querem continuar fazendo, o que foi ruim no Sprint, e quais as recomendações de melhoria daqui para frente. Um plano de ação é criado e esses itens são implementados ao longo do próximo Sprint, e revisado para a eficácia na retrospectiva do Sprint seguinte. Geralmente a reunião de retrospectiva não deve ocupar mais de 3,75% do Sprint (por exemplo, em um Sprint de 2 semanas não deve durar mais de 3 horas).

 

Etapas das reuniões de retrospectiva

Existem diversas técnicas de retrospectiva, porém todas elas possuem as seguintes etapas:

Independente do método/framework ágil que for utilizado, existem elementos comuns que quando bem utilizados agregam valor ao projeto.

Vamos apresentar algumas dinâmicas que podem ser utilizadas nas reuniões de retrospectiva. Avance a tela.

Dinâmica bons e ruins

Esta dinâmica é muito interessante em retrospectivas de equipes com alguma experiência em agilidade ou para times que já se conhecem há algum tempo:

Dica: Nunca é tarde para lembrar ao time que a retrospectiva não é um caça às bruxas e sim uma ferramenta de melhoria, logo, não é o momento de acusações, mas de soluções. O time deve ter maturidade e não levar nada para o lado pessoal e o facilitador deve lembrar o time esses pontos sempre que necessário!

  1. Cada membro do time recebe post-it e canetas (de preferência todos da mesma cor) e escreve os pontos bons e ruins do Sprint.
  2. Quando todos finalizarem, colam-se os post-its em um lugar visível (veja um exemplo de quadro).
  3. É feita a leitura dos tópicos ruins, observe que os problemas mais sérios terão mais post-its.
  4. O time discute os problemas e propõe ações de solução.
  5. Faz-se a leitura dos pontos bons (práticas que devem ser mantidas)!

Obs.: Dependendo do número de problemas é interessante concentrar esforços para resolver 2 ou 3 mais sérios.

 

Considerações:

Problemas que não geram ações e soluções podem ser adiados para discussão posterior, esses problemas devem ficar na área de parking lot do quadro.

Ações devem ser atitudes concretas que permitam a execução sem dupla interpretação. Por exemplo: ”Quem desenvolveu deve realizar testes unitários!”. Uma sugestão é as ações serem endereçadas, por exemplo, fulano de tal é o responsável por lembrar da importância da ação XYZ durante o próximo sprint.

Ao final da retrospectiva, deve-se jogar no lixo os post its e deixar fixadas as ações combinadas visíveis para todos, elas podem ficar no quadro kanban para que todos se lembrem!

 

Dinâmica mercado de habilidades (Market of skills)

Essa dinâmica é muito interessante em retrospectivas de equipes que estão no processo de transformação para times! Alguns benefícios são:

  1. Liste as habilidades que você tem e julgue ser útil para o time e para o produto.
  2. O que você tem vontade de aprender? Como isso será útil para o time? Como isso será útil para o produto?
  3. Informações adicionais. Apresente o que você tiver vontade para o time (extra time, extra produto) que você sinta vontade de compartilhar.
  4. Venda-se para o time!
  5. Defina ações!

Dica: Nesta etapa, os membros do time identificam interesses comuns, o que facilita o processo de comunicação e aproximação.

Dica: Durante a venda, todos podem acrescentar habilidades esquecidas pelo vendedor (passo 1), formas de ajudar nas vontades (passo 2).

Após a primeira aplicação dessa dinâmica, o time deve repeti-la (mais adiante no projeto) e verificar sua evolução.

 

Exemplo: na primeira dinâmica, o time tinha identificado o seguinte quadro de conhecimento:

Após ações como programação pareada, a tendência é que o time compartilhe conhecimento e melhore suas habilidades. A próxima dinâmica poderia gerar um resultado melhor, como o ilustrado abaixo:

 

Técnica PrOpER

A abordagem mais simples é escolher uma coisa e pular dentro. Se não é óbvio qual é o problema para trabalhar em primeiro lugar, então você pode ter uma abordagem ágil. Faça uma tempestade de ideias, gere uma lista de áreas problemáticas para trabalhar no que poderia melhorar a vida da sua equipe no projeto. Então priorize essa lista com base em sua missão de treinamento – agora você tem um ponto de partida!

Você pode aplicar o ciclo PrOpER adequando a cada episódio de coaching ou na retrospectiva.


ATENÇÃO


Vamos praticar o PrOpER através de um exemplo.

Problema: Roberto chegou tarde para a reunião de Daily Scrum hoje. Aconteceu na semana passada também. Você está preocupado, porque ele está trabalhando na construção de um ambiente de teste novo. Ele está perdendo informações importantes sobre os problemas da equipe com o ambiente de teste atual.

Opções: Aqui estão algumas opções que você pode considerar:

Sugira que ele convoque uma reunião com o testador (e time) para verificar as questões que provavelmente não foram atendidas. Ele concorda em chegar no horário no próximo Daily Scrum.


ATENÇÃO

Ao tentar chegar às opções, algumas ideias podem ser consideradas:


 

Referencias

SCRUM GUIDE. Disponível em: <http://www.scrumguides.org/docs/scrumguide/v1/Scrum-Guide-Portuguese-BR.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2015.

 


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